Eram duas caveiras que se amavam
E a meia-noite se encontravam
E pelo cemiterio entao passeavam
E juras de amor entao trocavam
Sentados os dois em cima da lousa fria
O caveiro apaixonado se dizia
Que de amores por ela vivia
E ela de amores por ele morria
Ao longe uma coruja cantava alegre
Vendo os dois caveiros assim felizes
E quando se beijavam entao funebres
A coruja batendo palma e pedia bis
Mas um dia chegou de pé junto
Um cadáver, um vudu, um defunto
E a caveira por ele se apaixonou
O caveiro tomou uma bebedeira
E matou-se de modo romanesco
Soh por causa dessa ingrata caveira
Que trocou ele por um defunto fresco.
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